Tecnologia

13 milhões de downloads infectados com adware na Apple Store e Google Play

Especialistas em segurança digital encontraram dezenas de aplicativos disponíveis na Google Play e na Apple Store contaminados com um adware responsável por fraude publicitária. O total de downloads desses apps passa a marca de 13 milhões.

Segundo a equipe da HUMAN, empresa de cibersegurança que descobriu o incidente, 75 aplicativos da Google Play (e outros 10 da Apple Store) inundavam os usuários com anúncios e, ainda, geravam renda de maneira fraudulenta ao se passar por aplicativos legítimos e falsificar impressões na rede.

Acredita-se que o golpe seja uma nova onda de um conjunto de fraudes publicitárias iniciado em meados de 2019. A primeira onda, chamada de Poseidon, teve sua sucessora, Charybdis, no final de 2020. Agora, em 2022, pensa-se numa terceira geração, nomeada Scylla.

Informadas do fato, as lojas de aplicativos do Google e da Apple já removeram os programas maliciosos de suas plataformas. Para usuários do Android, a remoção nos dispositivos é automática, a menos que se tenha a opção de segurança Play Protect desabilitada. Já para quem usa iOS, o recomendável é excluir manualmente os apps fraudulentos.

Apps na Google Play e Apple Store foram encontrados contaminados com adware (Foto de Tima Miroshnichenko - Pexels)
Apps na Google Play e Apple Store foram encontrados contaminados com adware (Foto de Tima Miroshnichenko – Pexels)

 

Como se proteger de adwares e outras ameaças online

O ocorrido traz novamente à tona a necessidade de os usuários serem proativos e tomarem boas precauções em relação à sua cibersegurança. Mas o que os especialistas recomendam?

 

Use ferramentas de segurança

Uma sugestão recorrente dos experts em cibersegurança é o emprego de boas ferramentas de segurança em todos os dispositivos. Um antimalware confiável, por exemplo, pode ajudar a verificar a integridade do aparelho periodicamente e, assim, prevenir e remediar possíveis infecções.

Já o uso de uma boa VPN, que pode inclusive ser dotada de um bloqueador de anúncios, também é recomendado por ser capaz de proteger a conexão dos usuários contra agentes maliciosos mesmo quando ele estiver usando uma rede pública de Wi-Fi – o que é particularmente útil para dispositivos móveis.

 

Pesquise bem antes de baixar

Além do uso de programas de segurança, é importante que o usuário também fique atento aos aplicativos que vá baixar. O primeiro passo para isso é sempre optar pelas plataformas oficiais de download, isto é, a Google Play para Android e a Apple Store para iOS – muito embora, como visto, mesmo essas lojas possam apresentar problemas.

Por isso que, como segundo passo, recomenda-se que os usuários busquem avaliações sobre os aplicativos (dentro e fora das lojas) para verificar se eles são legítimos e confiáveis. Análises em vídeo são uma ótima opção, neste sentido, porque oferecem uma perspectiva bem ampla do funcionamento dos programas.

 

Cuidado com aplicativos gratuitos (e hackeados)

Por mais tentador que possa ser baixar um aplicativo gratuito (ou pior, hackeado), essa opção pode trazer um preço muito mais alto do que o de simplesmente adquirir um app legítimo e pago.

O motivo disso é que muitos desses programas servem, na verdade, como porta de entrada para inúmeras ameaças ao seu aparelho, incluindo a infecção por malware. Ao baixá-los, portanto, os usuários colocam em risco sua segurança e privacidade, possibilitando que criminosos espionem ou mesmo controlem seus dispositivos.

Por isso, além das medidas já mencionadas, é melhor também ficar longe desses aplicativos.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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