Editorial

Editorial – Chegou a hora!

Foram três meses de um processo eleitoral conturbado em algumas cidades e mais tranquilo em outras. O seu tempo de pensar, pesquisar e analisar cada candidato está quase esgotado. Restam pouco mais, ou menos de 48 horas para ‘você’ decidir o futuro da ‘nossa’ cidade. Não adianta chorar, nem reclamar, é a oportunidade de dar o troco, de escolher aqueles políticos, que por premissa, devem lutar pelos interesses do povo. Na verdade, é a possibilidade de com o seu voto, se ter progresso ou atraso, vitória ou derrota, alegria ou tristeza, saúde ou doença, paz ou guerra, luz ou escuridão, educação ou ignorância, enfim, é algo tão poderoso que pode levar ao sucesso ou a ruína.
A grande maioria da população ainda não consegue dimensionar a importância da cidadania. O poder de mudar o mundo pela ação do seu voto consciente. Infelizmente, para muitos o voto é moeda de troca por um saco de cimento, uma cerveja gelada, uma cesta básica, um remédio, uma bola, um jogo de camisa, uma pinguinha no bar, dentre outras coisas.
Nem sempre ganham os mais preparados… as vezes o povo confia e acerta… muitas vezes o povo protesta, e erra… alguns escolhem por afinidade… tem o extrovertido, o do povão, o simpático, o que tenta ser… e tem os mentirosos, que tentam abafar o passado profano, prometendo o céu e a terra, pra Deus e o mundo. A verdade é que não se pensa mais no coletivo, e sim naquilo que imediatamente lhe trará retorno, esquecendo-se de planejar o amanhã, o que virá depois, o futuro. Só existe o ‘corruptor’ por que há milhares de sedentos esperando para serem corrompidos. Triste realidade!
Porém, quatro anos passam num piscar de olhos, deixando para traz muitas reclamações, decepções, frustrações, indignações e é claro, o sentimento de tempo perdido. Como também, em alguns casos, fica o gostinho de ter acertado, de ver a cidade progredindo, mesmo que a passos lentos, mas em transformação, e para melhor.
Vale lembrar também que as pessoas se esquecem facilmente dos políticos metidos com falcatruas e escândalos. Será que a memória do povo brasileiro realmente é curta ou esse estereótipo está mascarado e fadado a um esquecimento forçado? Ou comprado?
Estamos cansados de ver políticos e seus ‘apadrinhados’ que vivem as custas do poder público. Falando na língua do povo, ‘mamando’, ‘chupando’ ou seja lá o que for, a verdade é que ‘esses’ nada fazem para contribuir com o desenvolvimento da cidade, e a ‘teta’ está quase secando. Coitada dessa ‘vaca’, ou melhor, de quem alimenta ela. O povo!
Quem sonha e quer fazer alguma coisa de bom para a cidade, não pode deixar pra amanhã… se teve a oportunidade, já deveria ter feito… tem que fazer hoje… caso contrário, não adianta prometer, pois não fará nada amanhã!
Nessas eleições, mais do que nunca, vemos a necessidade de se votar com o máximo de cuidado, e com extrema razão, pois só desta forma conseguiremos construir um amanhã melhor, no qual nossos filhos, netos, amigos, enfim todas as pessoas possam viver com uma perspectiva positiva, com mais saúde, mais educação, mais segurança, mais alegria e felicidade.
Assim, deixamos um apelo àqueles que gostam não só do seu bairro, mas da sua cidade, do seu próximo, para todos aqueles que gostam de viver e tornar o mundo um lugar melhor – o que acreditamos seja a maioria da população – que vote com maturidade, sem pressa, com critério, pesquisando e esmiuçando cada possibilidade de seu candidato.
Para os que estão cansados e não podem nem ouvir falar em política, uma reflexão. Encontra-se na filosofia de Aristóteles o fundamento mais antigo sobre a política. Por meio dela é que passamos a compreender o conceito de política – a ciência que tem por objeto a construção da felicidade humana, individual e coletiva. Diz ele: “Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem”, para concluir que é por intermédio da atividade política que tal anseio pode ser concretizado.
Elevada a este grau de nobreza, a política é, pois, algo de que não podemos nos apartar. Pelo contrário, é algo com que devemos contribuir para que ela se realize com qualidade.
É chegada a hora de fazermos nossa reflexão final e nos prepararmos para exercer nossa cidadania e direitos políticos. O voto não é apenas exigência burocrática. Trata-se de um direito constitucional que permite interferir – por meio dos representantes eleitos – em temas com impacto direto sobre a vida da população.
Nascemos num Estado democrático, portanto não devemos deixar que outros decidam por nós. Nossas opiniões precisam ser respeitadas no jogo político, contribuindo para o fortalecimento e a consolidação da democracia. Com um simples gesto valorizaremos nossa história.
Certamente, os candidatos que comungam de nossos princípios e valores e conhecem a fundo a nossa missão possuem condições de nos representar dignamente. Ao exercermos nosso direito, que o façamos comprometidos com um Brasil melhor. Nosso voto fará a diferença!
Boa escolha a todos e boa sorte aos candidatos dignos, que deverão receber a confiança e a missão de servir um povo que carece de políticos que saibam realmente exercer a política.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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