Editorial

Editorial – Quiçá, o primeiro suspiro do desenvolvimento

Da união se faz a força, obtém-se a confiança e coloca-se os princípios à frente de quaisquer rivalidades. Foi o que aparentemente mostraram os novos prefeitos eleitos de Capivari (Rodrigo Abdala Proença) e Rafard (César Moreira), num quase encontro histórico, depois de tanto tempo de rinchas e disputas, criadas pela concorrência para ver quem seria o primeiro a ganhar notoriedade, o que acabou acarretando na estagnação cultural, econômica e turística desses dois municípios.
As duas cidades, não separadas por uma ponte, mas ligadas por esse cordão umbilical, o maravilhoso Rio Capivari, possuem diversos motivos para fortalecer o laço de amizade e do desenvolvimento que os abraça, do qual já foi um grande e benéfico alicerce no passado, quando Capivari e Rafard eram apenas um.
É realmente necessário e de uma urgência indiscutível a realização de mais reuniões como essa, para que sempre possam constar os apelos dos munícipes que sofrem com as mazelas crônicas das nossas cidades.
A emancipação política administrativa de Rafard só aconteceu em 21 de março de 1965, onde até essa data fazia parte do mesmo corpo que Capivari, fundada como Vila São João Batista de Capivary, em 1813. Desde o surgimento, essas cidades-irmãs sempre exigiram melhorias dos seus governantes para o consolidado desenvolvimento do povoado. Assim como o primeiro trem que anunciou em sua fumaça a esperança para novos tempos, essa reunião quiçá possa anunciar o primeiro suspiro para um futuro de conquistas e progresso.
Enquanto o desenvolvimento bate à porta de todas as cidades circunvizinhas, como se fosse um bolo sendo degustado por suas bordas, Rafard e Capivari estão no precioso miolo, sedentos pelo progresso tão esperado. Qual será o segredo do fermento utilizado pelos municípios em nossa volta? Quando nosso bolo será também apreciado?
O Governo Estadual tem esquecido as nossas cidades quando o assunto é investimento em cultura, turismo, habitação, segurança, educação, esporte e lazer. O mesmo esquecimento não acontece quando o ônus paulista precisa ser despachado para algum canto do interior. Quer exemplos?
Quando, da privatização das rodovias, fomos lembrados com a instalação de pedágios, que cercaram todos os acessos a outros municípios. Quando precisaram de um local para a instalação de um Centro de Progressão Penitenciária, de regime semiaberto, fomos lembrados. Quando faltaram vagas em cadeias femininas, até tentaram reativar as celas na Delegacia de Rafard, tentando transformar numa cadeia feminina, em pleno centro da cidade, ao lado de escolas, creche e hospital.
Esperamos ansiosos que os novos prefeitos mudem o rumo dessa história, representem com honra, ética e moral o verdadeiro papel a que foram destinados: O de servir a população, administrando os bens públicos como se estivessem zelando pelo próprio lar.
Respeito, responsabilidade e ação. Basta isso!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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