Rubinho de Souza

S.O.S Rio Capivari

Os amigos leitores que acompanham esta coluna semanal, hão de se lembrar que não faz muito tempo, escrevi neste espaço, sobre o rio Capivari, onde era abordada a necessidade de maior atenção das autoridades para com a situação do nosso Capivari, não só resolver o problema das enchentes que afetam os moradores ribeirinhos, mas também sua despoluição.

Nem é preciso ser especialista no assunto para avaliar a condição que se encontra o rio, que a cada dia vem sendo mais maltratado ao ser usado como depósito de detritos por vários municípios em todo o seu percurso.

Desde o seu nascimento (foto) no município de Jarinu, depois atravessando os municípios de Louveira, Vinhedo, Valinhos, Campinas, Monte Mor, Elias Fausto, passando pela cidade que adotou seu nome e depois à nossa cidade, não há cuidados para com o Capivari, que segue para Mombuca e depois Tietê, onde desemboca pela margem direita, no rio Tietê.

Quase todos os municípios banhados pelo Capivari, um dia já se abasteceram de suas águas, onde depois das captações eram feitos tratamento, embora nessa época suas eram limpas, sem a poluição a que ele foi condenado ao longo de muitos anos, causando sua degradação, ao ponto de perder a fama de rio piscoso.

Muitas famílias nesse tempo em que as águas eram limpas, eram alimentadas pelos peixes que seus pais tiravam do rio.

SOS Rio Capivari
SOS Rio Capivari

Verdade seja dita! A industrialização acelerada e sem controle, juntamente com a urbanização sem planejamento, acelerou o processo de deterioração das bacias da maioria de nossos rios, principalmente em suas cabeceiras. A região de Campinas, onde ocorreu grande crescimento demográfico e industrial, foi principal causadora da poluição do Capivari.

Triste de ver, o descaso das autoridades ambientais para com um rio que foi tão rico de peixes e de outras formas de vida aquática, e que antigamente já foi local até para se fazer piqueniques e passeios de barcos e que infelizmente, hoje mais parece um esgoto a céu aberto e depósito de tudo quando é descartável.

Não há como se fazer outra constatação se não a de que o nosso Capivari está morrendo, agoniza, sucumbindo aos desmandos de todos nós que por ação ou omissão, permitimos impassíveis a sua degradação.

Na verdade, como todos sabemos, em tempos chuvosos como os dias em que estamos a viver, o seu leito acaba aumentado e suas cheias afetam os moradores ribeirinhos, o que poderá ser minimizado com seu desassoreamento.

As comportas da barragem da Leopoldina, diferente do que muitos pensam, é necessária para controle de sua vazão, pois se houver pouca quantidade d’água em seu leito, as mesmas ficarão estagnadas e fatalmente provocarão doenças nos moradores pela proliferação de pernilongos e outros insetos.

É necessário vontade política e união dos nossos gestores para mudar o estado atual do nosso rio, que é deprimente, sendo imprescindível a colaboração de todos nós para não fazer do rio, local de descartes de pneus, sofás, cadeiras, mesas, armários, etc.

O Poder Público tem o dever de fiscalizar e proibir com aplicação de multas essa prática de descarte em nosso rio, mas nós, enquanto cidadão também temos o dever de colaboração na fiscalização.

O objetivo deste artigo é despertar e conscientizar a todos aqueles que tem o mesmo pensamento deste que vos escreve, para que lutem pelo nosso rio Capivari, antes que seja tarde e não haja mais o que fazer pela nossa omissão. Pensem nisso!logo do fundo do baú raffard

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