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Onde é o céu I

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Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário (Foto: Arquivo)

Usa-se o vocábulo “céu” em geral, em relação ao espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente da parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim caelum, formado do grego koilon= oco, côncavo, porque o céu parece aos nossos olhos, como imensa concavidade.

Os antigos acreditavam na existência de vários céus superpostos, compostos de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas, das quais a Terra era o centro. Girando em torno da Terra essas esferas arrastavam consigo os astros que se achavam em seu circuito.

Essa ideia, devido à insuficiência dos conhecimentos astronômicos, foi a de todas as teorias, que fizeram dos céus, assim escalonados os diversos graus de beatificação; o último era a morada da suprema felicidade. Segundo a opinião mais comum, havia sete, daí a expressão: estar no “sétimo céu”, para exprimir a felicidade perfeita.

Os muçulmanos admitiam nove em cada um dos quais aumenta a felicidade dos crentes. O astrônomo Ptolomeu contava 11, dos quais o último era chamado de Empíreo, devido â deslumbrante luz que ali reina. Hoje é ainda nome poético dado ao lugar da eterna beatitude.

A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo é o espaço onde se movem os astros; o terceiro, além da região dos astros, é a morada do Altíssimo, a casa dos eleitos, que contemplam Deus face a face. Em vista dessa crença é que Paulo diz que foi levado ao terceiro céu.

As diversas doutrinas referentes à morada dos bem-aventurados repousam todas no duplo erro, de que a Terra seja o centro do Universo e de que a região dos astros é limitada. Foi para além desse limite imaginário que todas colocaram a morada feliz e a morada do Todo-Poderoso.

Singular anomalia, que coloca o Autor de todas as coisas, que governa todas, nos confins da creação, em vez de no centro, de onde a irradiação do Seu pensamento poderia estender-se a tudo!

Com a perfeita lógica dos fatos e da observação, a ciência levou seu facho até as profundezas dos espaços e mostrou a falta de utilidade de todas essas teorias. A Terra já não é o pivô do universo, mas um dos menores astros a rodar na imensidade; o próprio sol não passa de centro de um turbilhão planetário, estrelas são inumeráveis sóis, em torno dos quais giram mundos incontáveis, separados por distâncias apenas accessíveis ao pensamento, posto que pareçam tocar-se.

Nesse conjunto, regido por leis eternas, nas quais se revelam a sabedoria e a onipotência do Creador, a Terra aparece apenas como um ponto imperceptível e um dos menos favorecidos para a habitabilidade. Desde então, pergunta-se porque Deus a teria feito como única sede da vida e aí teria colocado Suas creaturas prediletas.

Ao contrário, indica que a vida está por toda a parte, que a humanidade é infinita como o universo. Revelando-nos a ciência mundos semelhantes à Terra, Deus não os poderia ter creado sem objetivo, mas habitados por seres capazes de governá-los.

As ideias do homem estão na razão do que sabe. Como todas as descobertas importantes, a da constituição dos mundos lhe deve ter dado outro curso. Sob o império desses novos conhecimentos, suas crenças devem ter se modificado. (Segue)

Cidadania

Uma equipe de dedicados moradores, interessados em pesquisa, para preservar o passado histórico de Rafard através de entrevistas filmadas e gravadas com idosos, certamente, no devido tempo, cuidarão também, a bem da coletividade de promover a correção dos erros observados atualmente, em especial sobre o desrespeito ao Regulamento do Trânsito. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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