Colunistas

“Nada se cria, nada se perde na natureza, apenas se transforma” – VIII

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Família Bôscolo

Uma das primeiras famílias vindas da Itália, que desembarcaram nesta então Fazenda “Boa Vista” onde fumegava uma chaminé que lhe dava trabalho, garantia para uma renda que, se não muito grande, pelo menos para manter um padrão de vida médio, estava feliz naquele dia ensolarado do ano de 1900, porque nele casava-se o filho Domingos.

Domingos Bôscolo, pai de 12 filhos, foi maquinista de uma das grandes locomotivas (alimentadas á lenha), que ainda em 1950transportava cana das fazendas da “Sucreríes”, profissão que exercia com grande orgulho. Foi também músico das “Bandas” que, de 1900 a 1950, animaram as festas sociais e religiosas locais. Sua morada construída em terreno próximo ao engenho no início da rua, depois batizada de Tietê.

Felizes, pai e mãe, Guerino e Margarida com o casamento do filho, que se realizaria na tarde do dia seguinte – 22 de dezembro de 1900.

Domingos Bôscolo, filho, com 18 anos de idade, casava-se com Santa Ferrari da mesma idade.

Ele, filho de Guerino Bôscolo e de Dona Margarida Pellegrini Bôscolo, ela filha de Santo Ferrari e de Dona Rosa Rongini Ferrari, chegados de Veneza – Itália – em maio de 1891.

Os preparativos para a grande festa, punham em movimento ambas as famílias, pois o casamento do filho Domingos deveria marcar época nos anais da sociedade despertando no vilarejo, e assim pensava também o velho Santo com respeito à sua filha Santa, razão porque suas atenções estavam voltadas para as menores coisas que pudessem servir de tropeço à festa esperada pelos convidados amigos, conterrâneos que também haviam escolhido a Villa de Henrique Raffard (antes Fazenda Boa Vista), para ser o seu lar e dos seus descendentes.

A festa, bem como o baile, teriam lugar na cobertura “paliçada”, construída no terreno da casa da rua Tietê, com faxina, socar bem o chão, erguer a cobertura, enfim prepara-lo para as “tarantelas”, as “polcas” e as “mazurcas” músicas tocadas, cantadas e dançadas trazidas da Itália.

Dona Margarida Pellegrini Bôscolo era parteira de renome nas imediações, atendendo em sua casa ou na das pacientes nas emergências, havendo então em terreno a frente da sua casa, uma paineira que servia de ponto de referência aos que a procuravam. A plantação de cana cercou a alta e bela paineira que, no início era bem tratada, começou a sofrer os efeitos da queima da cana, durante a safra, castigo que levou a morte. (Segue)

Cidadania

O Carnaval passou e após os quatro dias de “folia” (?), prosseguimos na caminhada, procurando errar menos, na intenção de não aumentarmos falhas acumuladas. Com a aproximação do aniversário do Município, esperamos que os administradores preparem-no devidamente, limpando e retirando o lixo das ruas e praças, desentupindo as “bocas de lobo”, etc. etc.

Esperamos também que o “povão”, continue analisando, pesquisando e se preparando, para as futuras eleições, escolhendo certo os competentes cidadãos para o Legislativo e Executivo. Continuamos rezando. É isso.

 

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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Jornal O Semanário

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