ColunistasRubinho de Souza

Recordações da nossa mágica rua Tietê

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Ah! A famosa rua Tietê e seu casario próprio de cidade interiorana, com amplos quintais, e seus telhados ligados entre si, pelos quais muitos garotos subiam e andavam por cima como se estivem caminhando numa praça, quando não estavam brincando nos quintais que tinham muitas árvores frutíferas, tais como jabuticabeiras, mangueiras, ou nos ranchos que a maioria dos moradores tinham para guardar sua carrocinha, charrete ou mesmo seu DKV, carro bem comum na época em que nossa cidade quando era apenas uma mocinha em crescimento…

Tínhamos aí um campinho de futebol, que foi palco de muitas brincadeiras de infância de muitos que aí nasceram, e também de acontecimentos alegres e alguns tristes, todos eles lembrados até hoje, como o caso do raio que matou um senhor que tomava banho numa bacia de alumínio, recurso muito usado nessa época sem água encanada, e que para beber e outros afazeres esta era tirada de poço que todos tinham no fundo do quintal.

Era o caminho que a jardineira do Gazeto fazia para ir até a fazenda Itapeva, era também por onde antigamente subiam os caminhões que levavam cana para a usina, caminho também para quem ia no Taquaral, no Saltinho, ou no Pacheco, nossa praia dos finais de semana.

Ou ainda para quem ia na Fazenda Santa Rita visitar seus nonos, onde eram esperados com café moído na hora e feito em coador de pano, quase sempre acompanhado de bolinho de chuva, todos feitos em fogão a lenha que era comprada para passar o mês e guardadas no quintal, enquanto que os pães para o café da manhã eram deixados nas janelas das casas, e salvo alguns moleques malandros, ninguém mexia.

Como esquecer que aí também ficava o consultório médico do Doutor Faria e sua moradia, cuja casa era toda cercada de madeira, e que para fazer os atendimentos nas fazendas, usava um carro que chamavam de baratinha, sensação da criançada que a rodeava curiosa, e que ele sempre muito atencioso com todos, levava as crianças dar umas voltas.

Como não lembrar dos antigos moradores dessa rua, entre eles, Janet, Miltes Assalim, Oscarlina, Dona Gija, Vitorina e Antonio de Campos, Valérie, Josete, Deise Ricomini, Dito Miano, Clijão, Marcelino Piloto, Cherion, Heitor Turola, Alcides Ricomini, Tide e Rubens Piazentin, Toninho Pellegrine, Paulo Cerezer, Família Nogueira, Família Albiero, Família Talassi, Família Sanches, José Angelo Dante, Rogério Bedendi, Natale Bit, Nide Gimenes, Dona Mafalda e Seo Moacir, Dorne Bevevino, Dênis Datti, Faísca, que era visto sempre tecendo suas redes na janela de sua casa, e Dona Maria que ensinava tricô, crochê e bordado.

Dizem os que aí nasceram e aqueles que aí passaram sua infância, que a rua era muito mais bela naqueles tempos, e que assim ficou eternizada em suas memorias, pois suas manhãs eram lindas e ensolaradas, e que o sol brilhava diferente ali, como se o local tivesse uma magia que envolvia a todos os moradores, tanto que pareciam uma só família se ajudando, numa convivência tão harmoniosa que perdura até hoje entre aqueles que ainda estão entre nós e acabaram se reencontrando ainda que virtualmente no Grupo Rafard – Do Fundo Do Baú.

COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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