Colunistas

Recordar é viver III

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Saudosistas e ligados à este lugar por raízes sentimentais, pois aqui passamos os melhores anos da nossa infância, fazendo e cultivando boas e sinceras amizades que permanecem até hoje, o que nos ajuda a resignadamente prosseguirmos na caminhada terrena.

Por certo muitos dos idosos, que como nós vivem de recordações, estão passeando no tempo e revendo lugares e recordando fatos aqui ocorridos, comparando em todos os sentidos com os dias atuais.

Naqueles saudosos e inesquecíveis tempos, todas as crianças (meninos e meninas), gozavam da simplicidade e da pureza de uma amizade sem maldade, sem segundas intenções a não ser de juntos, “brincar de roda”, com as mãos dadas, formando um círculo no centro das ruas, para girando de vagar, cantar inocentes versos de alegres musiquinhas como: ”Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar…” Havia também o “esconde, esconde”, “cabra cega”, “passar o anel”, “pular corda”, “pular amarelinha” sendo que a brincadeira “pular a mula” praticada somente por meninos.

Aprender a nadar no “pau torto” (uma baiazinha formada pelo Córrego São Francisco, para depois desaguar no Rio Capivari), era também uma das boas diversões dos garotos de então. Iniciando com os maiores atirando os mais novos na água para saírem como pudessem, nunca sem antes engolir um pouco dela e que, uma vez sabendo o suficiente para não se afogar, já podiam enfrentar o riozão, naquela época de águas cristalinas, largo caudaloso e piscoso.

Fazendo parte das “traquinagens aquáticas” atrevidamente subíamos aos mais altos galhos dos ingazeiros que margeavam do rio, para um também executar aprendizado de saltos ornamentais (mergulho em águas profundas).

Era comum, da guarda da ponte pênsil (junto ao prédio da “bomba d’água”), ligando Rafard a Capivari, mergulharmos para em seguida, na pequena praia chamada “areão”, pararmos e depois, nadando de costas, rodarmos até o “poço fundo”, uma curva do rio que seguia para a barragem da Fazenda Leopoldina. As molecagens infantis não cessavam por aí.

A caminho da natação parávamos na plantação de laranjas (aos fundos, limitando com os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana), sendo o dono apelidado de “Seu Domingão”, para então, transpondo alta cerca de arame farpado, atirarmos aos colegas que ficavam a espera, dúzias da fruta a serem descascadas com as unhas, para serem “devoradas” dentro d’água.

Também as plantações de mexerica, lima da Pérsia, manga, jabuticaba, limão doce, melancia e goiaba, eram vitimas das nossas invasões, com a mesma finalidade. (Segue)

Cidadania

Com a consciência limpa e tranquila pelo dever cumprido, procurando sempre colaborar com os administradores deste Município que; pelos rafardenses foram escolhidos, jurando protegê-lo e defendê-lo, zelando por sua integridade educacional, moral e física para que possa ele – guardadas as devidas proporções – se ombrear com os grandes e evoluídos da região.

Infelizmente a nossa boa vontade não tem sido bem interpretada e nada foi feito, para corrigir os defeitos herdados de administradores passados, dando-nos a impressão de que estamos “pregando num deserto”.

Aos nossos prezados leitores, que amam este pedaço de chão como nós, rogamos que nos apoiem intercedendo junto aos que não estão cumprindo a palavra empenhada nas campanhas feitas ao tentarem os cargos. Vamos trabalhar por uma Rafard melhor, ordeira, disciplinada e limpa, em todos os sentidos. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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