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Artigo: Modesta homenagem à um herói

Este periódico sentiu-se prestigiado ao saber através do Sr. Denizart Fonseca, 1º. Tenente da Aeronáutica e nosso colaborador desde sua fundação, que ao receber no Rio de Janeiro um exemplar nosso, contendo artigo sobre o Dia da Vitória – final da 2ª. Grande Guerra – por telefone, do Major Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima o seguinte comentário:-“ Estimado Denizart, fiquei emocionado ao ler no Jornal O Semanário de Rafard , uma modesta cidade do interior paulista, o seu artigo sobre o Dia da Vitória e a atuação do Senta a Pua na Itália, o único Jornal no Brasil, a comentar o fato, o que, de coração, em meu nome e dos meus companheiros de luta agradeço a você, com abraço extensivo de parabéns à essa competente equipe jornalística.”
Hoje, numa demonstração de gratidão e respeitosa consideração pela referência ao nosso trabalho, em rápido comentário, tentaremos homenagear, na passagem da data natalícia desse herói que no dia 12 de junho, completou 93 anos, alguns dados sobre sua biografia, colhidos no livro “Senta a Pua”, de sua autoria, publicado em 1980.
Maranhense, nascido em Colinas a 12 de Junho de 1919, o Major Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima é um dos três pilotos que, pertencentes ao 1º. Grupo de Caça participaram da Segunda Guerra Mundial e permanecem vivos.
Embora contrariando a vontade de seu venerando pai, sua vocação para piloto militar o levou ao atingir a adolescência a ingressar em 1934, no Colégio Militar do Rio de Janeiro, passando para a Escola de Aviação Militar em 1941, passando depois, já Oficial para o recém criado Ministério da Aeronáutica e com a entrada do Brasil na guerra, alistou-se como voluntário e seguiu para a Itália com mais 23 companheiros, após treinamentos em aviões P-40 e P-47 este de caça e bombardeio, entrando em combate no dia 06 de Outubro de 1944, completando 94 missões.
Em uma de suas participações contra as forças do Eixo -. Alemanha. Itália e Japão, quase abatido em 29 de Agosto de 1944, quando, ao atacar três tanques alemães, foi alvejado 57 vezes pela antiaérea inimiga, perdendo a estabilidade, o que não o impediu de destruir os tanques e mesmo avariado voar e pousar em território amigo.
Com o termino da guerra, retornou ao Brasil com o reconhecimento e gratidão por seus atos de heroísmo e bravura o peito coberto de medalhas brasileiras e das Forças Aliadas.
Como Tenente Coronel, em substituição ao companheiro de guerra também Tenente Coronel Renato Goulart Pereira, comandou o Grupo de Transporte Especial (GET) ligado ao Gabinete do Ministro da Aeronáutica. Já servindo nesse Grupo durante a construção de Brasília, nasceu a grande admiração e respeitosa amizade de Denizart por seu Comandante que permanece intocável até hoje e certamente ad eternum, de suas mãos recebendo o importante Título de Jambock Honorário
Posteriormente – 1962 – foi designado para comandar a Base Aérea de Santa Cruz sede do 1º. Grupo de Caça onde permaneceu até ser injustamente punido e privado de seus direitos (caçado) como Oficial Superior, por não haver aderido a revolução de 1964.
Continuou reunindo-se com os amigos e lutando por seus direitos, foi inocentado e por todos seus méritos promovido no generalato, ao posto de Major Brigadeiro do Ar e como líder dos Jambocks, profere palestras e aulas no Curso de Formação de Oficiais da Força Aérea Brasileira.
Que permaneça cercado pelo carinho dos parentes, a consideração e respeito dos amigos – aos quais nos unimos – auguramos perene felicidade, reiteramos nossos parabéns pela data natalícia.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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