Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Como o espírito se sente, em coma?

Lembra-te de que tudo nas horas de hoje decorre das criações do dia de ontem, tanto quanto a nossa conduta presente traçar-nos-á o amanhã infalível. Emmanuel (Chico Xavier)

Uma leitora atenta à mensagem dos espíritos amigos, os quais nos afirmam que conquistaremos a paz que oferecermos aos outros (ou seja, que teremos aquilo que doamos de nós), nos questionou: “O que acontece com o espírito da pessoa, quando ela está em coma?”.

Nós fazemos um treinamento “de ficar em coma” todos os dias, que é também um “treino para a morte”: quando dormimos. Com a diferença de que, quando dormimos, no outro dia acordamos e levantamos. O coma demanda mais tempo, e a morte não tem recuperação (no corpo atual), pois, depois que o espírito deixa a matéria, não tem como retornar.

O coma é um estado profundo de inconsciência para o corpo. Os pacientes que sofrem dessa disfunção física, em longo prazo, podem ser tidos como em estado vegetativo. O que diferencia o coma de um sono é a incapacidade de despertar, voltar à vida material, temporariamente.

A inconsciência e falta de resposta a quaisquer tipos de tratamentos variam. Os médicos podem dizer que não tem volta, e o paciente se recuperar, ou dizerem que têm 90% de chance de recuperação e mesmo assim ocorrer a desencarnação, ou seja, o óbito.

O espírito ligado àquele corpo, em estado vegetativo, não para de evoluir, é um grande aprendizado para ele também. Quando a pessoa está inconsciente, ela se liberta mais facilmente das amarras do corpo e pode permanecer pelo ambiente ou sair para outros lugares.

Esse estado transforma-se também em prova – de amor, paciência, tolerância e sacrifício para os familiares.
Devemos orar e conversar diariamente com um parente nessa situação. Ele nos sente pelo pensamento, pelas vibrações e emoções. Há relatos de pessoas em coma que verteram lágrimas, e de outras que movimentaram dedos, mesmo sem voltar à normalidade.

Confiemos, o futuro está logo ali. Tenhamos certeza de que alcançaremos nossa perfeição e felicidade, mesmo que demore milênios, vivendo só por hoje, mantendo nossa serenidade e não abandonando quem está no nosso caminho, ajudando-o a carregar o fardo, sabendo que temos o nosso, que devemos suportar com sobriedade.
O corpo físico é como se fosse um instrumento musical, um violão, um violino, que nos é concedido para que possamos executar composições de alegria e saúde. O que estamos fazendo com o nosso? Estamos defendendo-o e cuidando dele diante da vida e da espera da morte que um dia chegará, ou estamos abusando e nos tornando escravos dele, pelos vícios e paixões?

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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