Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

O melhor espelho que reflete o ser humano são as suas próprias atitudes

Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força: Ele é tudo de que eu sempre preciso. Salmos 73:26

Os Grupos de Nar-Anon, ou grupos para familiares e amigos de Narcóticos Anônimos, são um programa terapêutico, de ajuda mútua, que oferece ferramentas para pessoas que convivem com dependentes químicos tratarem seu aspecto emocional (para mais informações, ou ajuda para familiares: (19) 9 9788-4380).

O serviço Nar-Anon existe em muitos países, não é religioso, porém, espiritual – ou seja, propõe um olhar para nossos valores e conexões. Quaisquer pessoas podem participar, independente de crença, ou mesmo sem crença em um Poder Superior, pois cada um aceita a relação com esse Poder de acordo com sua concepção de vida.

Entre as ferramentas estão a oração da serenidade, a partilha, os lemas, os doze passos, as doze tradições, o serviço prestado nas reuniões, o apadrinhamento, os estudos (livros como CEFE, “31 dias”, “Histórias de recuperação e desligamento – a chave da sobrevivência”).

A mensagem do dia 25 de abril, “Liberdade espiritual”, faz referência à Madre Teresa: “Sei que Deus não me dará nenhuma coisa com a qual eu não consiga lidar. Apenas gostaria que Ele não confiasse tanto em mim”.

Que coisa linda, alguém que tem espiritualidade falar com Deus como se fala a um amigo, um pai, demonstrando confiança e serenidade.

Temos muito potencial e capacidade para nos desenvolver e precisamos da fé e humildade, como tão bem expressou o sábio grego Sócrates (470–399 a.C.), que viveu quatro séculos antes do Cristo: “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”.

Num país onde o cristianismo era diminuto, em meio ao hinduísmo e islamismo, Teresa plantou uma semente de amor que frutificou, com seu exemplo e modelo de servir.

Outro exemplo como o dela, mas no maior país católico do mundo e com grande número de evangélicos, protestantes e outras denominações, foi o mineiro Chico Xavier, da pequena cidade de Pedro Leopoldo – ele também seria indicado ao prêmio Nobel da Paz, mas não venceu, sendo escolhido como “o maior brasileiro de todos os tempos”, por sua simplicidade, humildade e bondade como médium e espírita.

Chico também declararia, numa entrevista sobre a participação no Esquema de Deus: “Pela evolução, nossa mente se abre, como uma flor que desabrocha, para a percepção progressiva do absoluto que nos proporciona a paz. Não a paz do mundo, mas, como ensinou Jesus, a paz do espírito. A percepção individual dessa paz se transforma aos poucos em conquista coletiva, na proporção em que a humanidade se eleva e o mundo se transforma.

“Assim, pela evolução dos homens e do mundo, a paz do espírito, que parece individual, se revelará coletiva e universal. É importante sempre nos lembrarmos de que nada e ninguém nos poderá arredar do Esquema de Deus.

“Em minhas preces de todo dia, sempre peço coragem e paciência. Coragem para continuar superando as dificuldades do caminho naqueles que não me compreendem. E paciência para não me entregar ao desânimo diante das minhas fraquezas.”

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