Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Nem amo nem odeio, simplesmente…

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral.
Emmanuel (Chico Xavier) – RIE

Carnaval é coisa do passado para mim. Nem amo nem odeio, simplesmente ele não tem nada a ver mais comigo. Agora eu prefiro o sossego e o silêncio; a leitura, o passeio, o trabalho social e a meditação.

Mas, entre a euforia coletiva que assola durante quatro ou cinco dias um país imerso em corrupção e problemas de desigualdade social, o povo que passa por tantas tragédias parece se esquecer delas durante o carnaval.

Quem vê de fora pensa entusiasticamente que o Brasil é o país perfeito.

No Carnaval, na prática, todos os serviços são comprometidos na semana. Além do mais, durante esses dias, o país para totalmente, a economia para de crescer, tanto para o PIB quanto para a renda populacional. Tanto é que já se tornou refrão no Brasil: “O ano só começa depois do Carnaval”.

Incentivo à imoralidade – É um período, o Carnaval, onde a libertinagem é escancarada. Muitas pessoas se iludem com os prazeres da festa. A irresponsabilidade de alguns foliões acaba gerando acidentes promovidos por mistura de álcool, drogas e direção. Todos já sabem que nessa data ocorre recorde de mortes nas estradas. E as brigas e agressões? Pessoas alteradas pela bebida acabam se envolvendo em brigas que, às vezes, acabam em óbito.

Incentivo ao turismo sexual – É a festa que rende milhões de reais para a rede hoteleira e para algumas atividades, empregando milhares de pessoas. Mas abre um precedente ruim para as nossas crianças, adolescentes e mulheres: o turismo sexual. A permissividade e o turismo sexual fazem com que muitas crianças/adolescentes adentrem no mundo da prostituição infantil.

Desrespeito à figura da mulher – Até por elas mesmas, que não se pejam de mostrar suas intimidades ao público, desvestindo suas partes mais delicadas. Mulheres passam a ser vistas como um instrumento de prazer descartável, ou seja, meros objetos sexuais.

Na lista, também em destaque, o número de estupros nesta ocasião, quando a devassidão impera, de forma que muitas mulheres, entorpecidas (por álcool ou drogas) ou lúcidas, são estupradas e agredidas.

Proliferação das doenças venéreas – Doenças sexualmente transmissíveis são espalhadas devido à permissividade sexual. É fato, também, que ocorre muita gravidez indesejada nessa ocasião. E depois os abortos.

No lado espiritual, quem já morreu e continua gostando da coisa – da “festa de Carnaval” – vem assediar o folião que se excede no uso de alcoólicos ou drogas, ou mesmo envolvido pela paixão ou pelos desejos sexuais…

Esses foliões são visitados pelos personagens do plano espiritual inferior ainda apegados a esses vícios. Podemos dizer que, nessas situações, sempre pode haver mais alguém (“um morto”) do seu lado, desfrutando de suas energias psíquicas e físicas na folia, nesses dias de carnaval…

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