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Recordando Villa Raffard IX

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Cumprindo o prometido, comentaremos algumas ocorrências não muito agradáveis, aqui vividas como a já citada grande enchente alagando o apelidado bairro “bate pau” em decorrência do transbordamento do então Rio Capivari, desalojando todos os moradores daquela parte baixa da Villa.

De outra feita, também devido a tempestade que se abateu sobre a região, quando um raio atingiu a casa da família Luchi, na Rua Tietê, provocando a morte de quatro das suas estimadas moradoras, cobrindo de tristeza e luto a modesta população. Na mesma tarde fatídica, uma faísca atingiu o enorme transformador instalado junto ao Posto policial, na parte externa do grande portão de entrada para o Engenho, provocando derramamento de todo o óleo nele contido.

Acreditava-se que essa incidência de raios sobre o lugar devia-se a grande plantação de eucaliptos que era usada para alimentar as caldeiras da usina e parte entregue gratuitamente, para os fogões das residências dos seus operários.

Fato inédito no lugar, que pela sua violência também abalou amarga, profunda e terrivelmente a então “grande família raffardense, foi o assassinato do Sr. João Quadros, de origem espanhola, gerente administrativo e chefe da distribuição de trabalhos nos diversos setores da usina ao regressar para sua residência pela manhã apos no escritório, cumprir sua missão.

Detido o criminoso, homem pacato e de paz, amigo da vítima como todas as pessoas do lugar, que chorando copiosamente sem cessar, jurava não haver sido o autor daquela tragédia, que jamais faria tal coisa, pois estimava e respeitava o Sr. Quadros, repetia com tal veemência que a perícia julgando-o pela debilidade mental internou-o na Colônia Juquerí para alienados. De acordo com nossa filosofia espírita, o elemento serviu apenas de instrumento para que um espírito das trevas, certamente inimigo da vítima em vidas passadas, o transformasse em criminoso tirando-lhe a vida.

Cenas de lágrimas e lamentos dos familiares da vítima e os desesperados gritos de sua inconsolável mãezinha, à todos constrangia à ela se solidarizando, choravam também.
Não poderíamos deixar de citar, já que estamos tratando dos acontecimentos históricos locais, o processo movido por um médico, contra o pharmaceutico “Seu Fonseca”, acusando-o de; não sendo médico “exercer ilegalmente a medicina”, curando de uma terrível doença o grande jogador do Elite Footbal Club, Miguel Caetano, salvando-lhe a vida, apesar de pelo acusador haver sido desenganado.

Submetido à julgamento no Fórum de Capivari, tendo como seu “advogado de defesa” o próprio paciente e esposa que relataram com detalhes o ocorrido, o acusado com a devida vênia do Juiz, neste termo se dirigiu aos jurados:-“ Se os senhores entenderem como crime. Com a consciência tranquila pelo dever cumprido salvando a vida de uma pessoa considerada morta, me condenem e aceitarei resignadamente ser penalizado por um crime que não cometi.

Diante das irrefutáveis provas quanto a sua competência profissional, conduta, dignidade, e caráter além de ser um cidadão livre e de bons costumes, foi absolvido por unanimidade de votos e demoradamente aplaudido.

A incompetência origina a doença chamada inveja, que infelizmente existe em todas as camadas sociais.

O tempo se incumbe de cicatrizar todas as feridas provocadas por tristezas, magoas, decepções, ofensas, hipocrisias e outras maldades e assim, tudo passa tudo passará, apenas a nossa fé no Pai Celestial e seu Filho Unigênito nosso Irmão Maior Jesus, jamais passará.

Cidadania

Ninguém faz nada sozinho e assim, sem a colaboração do povo, não haverá, no caso deste município, administração que consiga melhorar o seu visual.

Se todos se derem as mãos e cuidarem da limpeza nas vias públicas, colocando nas lixeiras tudo o que lhe é destinado e não nas calçadas e ruas, cumprindo as Leis e Regulamentos, respeitando os seus semelhantes para serem respeitados, á vida será bem melhor. Obs. Trânsito:- Por falta de fiscalização, moleques no volante continuam não enxergando as placas proibitivas e dessem pela Rua Moraes Barros…

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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