Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Jesus e a liberdade das escolhas

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

Jesus, o espírito mais evoluído que habitou a Terra, tinha sintonia com Deus e disse: eu e o Pai somos um. Quer dizer: seguia as leis divinas e fazia a vontade do Criador do Universo – criador de tudo que existe, dos espíritos e das coisas materiais.

Naquele momento de aflição reinante, diante dos soldados que vieram para prendê-lo, ele, após o beijo de Judas, deixou-se entregar serenamente, e seu discípulo mais exaltado, sacando da espada, feriu a orelha de um deles.

E aquele que cumpria a vontade do Altíssimo, que pedia equilíbrio nos momentos difíceis para se exprimir com segurança, advertiu Pedro: “Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mateus 26:52).

Como afirmou em outras ocasiões, “a cada um segundo suas obras” – demonstrando que no Universo existem leis justas e sábias que regulam nossa vida e destino, entre elas a Lei de Causa e Efeito, ou Lei do Retorno, que um sábio da Terra descreveu assim: “plantio e colheita”. Essa lei tem um paralelo na Lei da Física, explicada por Newton, onde toda ação tem uma reação contrária, de mesma intensidade e sentido oposto.

O apóstolo Paulo rememora essa lição com os gálatas: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). Isto é: tudo o que semearmos teremos que colher no presente, na vida espiritual ou em outras oportunidades.

A Divindade estabeleceu regras na natureza: tem as estações, que produzem a floração, e depois vêm os frutos, num trabalho incansável da árvore de retirar do solo e do ar o alimento que nos sustenta.
Por falar em plantação, pensemos em cultivar a simplicidade e o amor, cumprir nossos deveres e respeitar as leis: divinas, naturais e civis.

Tudo o que fazemos é uma espécie de plantio; nossos pensamentos são sementes, nossas palavras são sementes, nossas ações são sementes, nossas emoções são sementes e até nossos sentimentos e projetos são sementes. Que germinam!

Como tem sido a plantação em nosso interior e em nossos relacionamentos? As sementes escolhidas são dos bons frutos, tais como esperança, fé, otimismo, entusiasmo, alegria, coragem, confiança no Poder Superior, autoconfiança, tolerância, bondade, generosidade, equidade, decisão, caridade, fraternidade, serenidade, sabedoria, liberalidade e tantas outras sementes? Precisamos aprender a semear boas sementes.

Jesus disse que o corpo é frágil, e que precisa ser dominado por nós, ele deve ser o servo da mente. Porque ele deve obedecer às operações da mente (espírito). Aprendemos que a mente do homem pode ser comparada a um jardim, que pode ser inteligentemente cultivado, onde os bons pensamentos vão produzir os bons frutos, ou então deixar-se ao abandono, sem disciplina, sem vocação, dominado pelas paixões e instintos, frutificando maus pensamentos, que não resta dúvida produzem maus frutos. E nós somos os jardineiros.

Jesus sempre, antes de atender a um pedido dos aflitos ou dos sábios, perguntava: “que queres que eu faça?”.
Nunca impôs o seu modo de ser e de vida com o próximo. E quando socorria aos enfermos do corpo e da alma, dizia: “Vai e não peques mais…” (João 8:11), para que não ocorra o pior.

Cultivemos as boas sementes no coração e na mente, para colher frutos da consciência em paz.

ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
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Jornal O Semanário

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