Leondenis Vendramim

Ideologia do gênero – 9

01/12/2017

Ideologia do gênero – 9

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Deus criou macho e fêmea para o casamento, procriação e na complementação mútua a realização e felicidade. O livre arbítrio é para todos. Cada um escolhe seu modo de vida, trans, lésbica, gay, bissexuais ou qualquer outra escolha. O Criador é sábio e pela criação mostra Seu amor pela humanidade. Colocou na natureza todos os alimentos, remédios, e orientações para um viver saudável, deixou também o antídoto para curar do remorso e das doenças mentais e espirituais, Jesus o Crucificado. Há ensinos bíblicos quanto à “Ideologia do Gênero”. Em Lv 18:22: “Não deitarás com homem como se fosse mulher, é abominação”. Está implícito que a mulher também não deve ter relação sexual com outra fêmea, é abominável a Deus. Em Dt. 22:5: “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher, porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus.” Esse conselho foi dado por meio de Moisés, pois no seu tempo essa prática era comum entre pagãos.

Há diversos exemplos de temas LGBT na mitologia hindu. Neles os deuses mudam de sexo, tornam-se hermafroditas ou avatar do sexo oposto a fim de facilitar a relação sexual deles. Também há seres não divinos que passam por mudanças de sexo por meio da intervenção dos deuses, ou pela reencarnação. Há muitos casos de homossexuais humanos, ora abençoado, ora condenado pelos deuses. Estudiosos modernos e ativistas gays também destacam temas LGBT hindus como naturais e felizes. Há vários templos hinduístas com figuras em baixo-relevo que retratam tanto mulheres como homens em atos homossexuais. Textos medievais narram que o deus Ayyappa nasceu da relação entre os deuses Shiva e Vishnu quando esse último tomou forma feminina, que Bhagiratha (trouxe o rio sagrado Ganges dos céus para a terra) nasceu do relacionamento sexual entre duas vulvas. Textos do século 14 em sânscrito como o Krittivasa Ramayana, popular ainda hoje, explicam que o nome de Bhagiratha vem da palavra bhaga (vulva). O Karma Sutra categoriza os homossexuais como uma “terceira natureza”, um terceiro sexo, e também inclui descrições detalhadas de sexo oral.

Sri Sri Ravi Shankar diz: “Todos os indivíduos nascem com o masculino e o feminino dentro de si. Às vezes um domina às vezes o outro; isso tudo é fluido.” Srinivasa Raghavachariar, o sacerdote-chefe do templo Srirangam, em seu livro ”The World of the Homosexuals” (O mundo dos homossexuais), escreveu que seus parceiros homoafetivos foram parceiros de sexo oposto em vidas anteriores. Um sacerdote shaiva que havia oficiado o casamento entre duas mulheres disse que “o casamento é uma união de espíritos. E o espírito não é masculino nem feminino.” “Eu acredito, portanto, que um ato homossexual consensual e amoroso não vai contra os ensinamentos de Buda de nenhuma forma. Buda pediu que seguíssemos nossa luz interior. Fica claro, portanto que não há nada errado com a homossexualidade”. O Dalai Lama apoia o casamento igualitário e condena a homofobia afirmando que o sexo gay e lésbico não é problema algum desde que seja consensual.

Alguns hinduístas, na Índia como nos Estados Unidos, expressam uma oposição ferrenha à homossexualidade.

O candomblé foi muito influenciado pelo hinduísmo. Reginaldo Prandi, especializado nessa religião, diz. “O candomblé é calcado na diversidade, considera que cada um vem de um lugar, da terra, do mar e de um dos orixás que comandam a natureza. A primeira base do candomblé é a diversidade.” Rodney de Oxóssi, pai-de-santo e antropólogo, afirmou: “As religiões africanas e o candomblé em particular, têm um compromisso com a felicidade. Os orixás “metá-metá” possuem características masculinas e femininas. Logun Edé é metade Oxum, metade Oxóssi. Tem dois sexos, durante seis meses é homem e seis meses é mulher. É patrono do movimento gay baiano. Oxumarê é o orixá do arco-íris (símbolo do movimento gay) e é ao mesmo tempo homem e mulher”. Essas religiões têm a mesma raiz pagã, portanto defendem a mesma filosofia ainda que citem o nome de Deus. É isto que a história revela. Escolha a sua, mas lembre-se, a consequência é correspondente.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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