Leondenis Vendramim

O melhor livro de ética – 5

21/07/2017

O melhor livro de ética – 5

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Entre as muitas orientações éticas bíblicas há sobre o repouso: Deus dera descanso aos homens (2 Cr 14:6; Mc 6:31), não se entenda como ócio, Deus nunca aprovou a preguiça, mas incentivou o descanso depois do trabalho extenuante. Foi para evitar exaustão, para proporcionar novo alento, e convívio restaurador com o Doador da vida, que o Criador deu aos homens o descanso pós-trabalho árduo (Mc. 6:31), o semanal (Dt. 5:13-15) e férias periódicas (Lv. 25:4-13). Não temos objetivo de provocar debate religioso, mas vemos com bons olhos, o debate teológico sem altercações, para elucidações construtivas e respeitosas. A lei de Cristo tem o fito de evitar a pecaminosidade (1 João 3:4), otimizar o bem viver, e tange mesmo a omissão das boas obras, do amor fraterno e do amor próprio. Raras são as exceções de teólogos, líderes religiosos, filósofos, ou de outra formação acadêmica que admitam uma sociedade ou uma religião sem lei. Seria algo estranho, confuso – digo isto porque não conheço a fundo a “Igreja de Satanás”. As religiões e sociedades punem os criminosos, ladrões e praticantes de outros delitos. A lei de Deus é um manuscrito do próprio Deus (Ex. 31:18) que revela o Seu caráter. É una, quem transgride um dos seus dez mandamentos, é culpado por todos (Tg. 2:10-12). A lei em referência é eterna (Sl. 111:7-8). Adão e Eva a transgrediram, por isso sofreram terríveis consequências (Gn. 3:1-19; Jó 31:33; Rm. 5:14; 1 Co. 15:22). Sempre será pecado transgredi-la 1 Jo. 3:4). O único remédio para nos livrarmos da culpa e da morte eterna é aceitar que Cristo Jesus morreu em nosso lugar, devido as nossas transgressões (Jo. 3:16, Ro. 6:23; 5:6-11). A guarda do sábado é um dos mandamentos (Ex 20:8-11) desde a fundação do Mundo (Gn. 2:1-3), ordenado a todos, não só aos judeus (Is. 56:6-8). Quando Jesus Cristo esteve na terra guardou o sábado (Lc. 4:16, 31), embora judeus, que interpretavam mal o quarto mandamento, acusassem-nO de transgredi-lo, porque curava nesse dia. Jesus dizia “Qual será o homem, que tendo uma ovelha e, no sábado ela cair numa cova, não vai apanhá-la e tirá-la de lá. Quanto mais vale um homem do que uma ovelha. Logo é lícito fazer bem nos sábados”. Esses fariseus eram tão fanáticos que fizeram um conselho para O matarem (Mt 12:1-13). Seus discípulos guardaram-no (At. 13:14, 42; 17:1-2, 18:1-4) A Virgem Maria, Maria Magdalena e outras mulheres obedeceram a este mandamento (Lc. 23:54-24:1). E o sábado será guardado na eternidade pelos santos que forem salvos (Is 66:23).
A guarda do sábado é lei do Deus Soberano. Ninguém, no céu ou na Terra tem autoridade para mudar o que Ele decretou. É o encerramento do ciclo semanal, como o foi da criação, não se perdeu no tempo com as mudanças de calendários, assim o atesta a Cronologia, bem como, não há sequer uma só passagem bíblica, que demonstre ter sido alterado por Jeová. Diz o Cardeal Gibbons:
“Podeis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado…” The Faith of Our Fathers, edição 1892, p 111.
“Em parte nenhuma figura o domingo como dia do Senhor… Nós católicos, romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa Igreja…” Padre Júlio Maria. Ataques Protestantes, p 81.
“É interessante recordar a este propósito que a observância do domingo, que é o único culto do protestantismo, não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição flagrante com a letra da Bíblia que prescreve o descanso do sábado”.
“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor, de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que presta, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” Monitor Paroquial de 26/8/1926.
Como disse, ninguém tem autoridade para mudar a lei de Deus, mas cada um decide o que fazer com ela. Existe o livre arbítrio, mas a consequência da transgressão é terrível, certa e imutável, queira ou não.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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