Leondenis VendramimOpinião

Bíblia sem preconceito – 17

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História

A Bíblia Católica, e todas as demais, trazem os dez mandamentos originais diferindo dos apresentados pelo Catecismo Católico, modificados pelo Concílio de Latrão (séc. 16). Ela inclui a proibição de imagens e sua adoração, e a obrigatoriedade de guardar o sábado, nada sobre a guarda do domingo. Papas e clérigos reconhecem, que o Imperador romano, Constantino (321 a.D.) instituiu por lei a guarda do domingo, em honra ao deus Sol (divindade mitraísta). Papa João Paulo 2° escreveu: “Durante alguns séculos, os cristãos viveram o domingo apenas como dia de culto sem… o significado … sabático. Só no século 4 (3/7/321) é que a lei civil do Império Romano reconheceu o ritmo semanal, fazendo com que, ‘no dia do sol’ os juízes, os habitantes das cidades … parassem de trabalhar” (Dies Domini, 31/5/1998).

Cardeal Gibbons: “Podereis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observação religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos” (The Faith o four Fathers, 111).

Pe. Júlio Maria: “Em parte alguma figura o domingo como dia do Senhor… Nós, católicos, guardamos o domingo… por ordem do chefe de nossa Igreja… É interessante recordar… que a observância do domingo, único culto do protestantismo, não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição flagrante com a Bíblia, que prescreve o descanso do sábado. Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse descanso para o domingo… de modo que a observância do domingo pelos protestantes, é uma homenagem… à autoridade da Igreja” (O Monitor Paroquial, 26/8/1926).

Os protestantes reconhecem que as Escrituras determinam a guarda do sábado e não do domingo:

“Eles (católicos) alegam que o sábado foi mudado para o domingo, dia do Senhor, contrariamente ao decálogo… não há exemplo de maior jactância do que a mudança do dia de repouso. Grande, dizem eles, é o poder da Igreja, visto haver dispensado um dos Dez mandamentos”. “Ela subverteu o quarto mandamento, dispensando o sábado da Palavra de Deus, substituindo-o pelo domingo, como dia santificado”. Confissão de Augsburg (documento luterano) Art° XXVIII.

Dr. Edward T. Hiscox, autor do manual Batista: Havia e há um mandamento que manda santificar o sábado… o sábado foi transferido do sétimo dia para o primeiro dia da semana, com todos os seus deveres, privilégios e sanções … pergunto: onde é possível encontrar o registo de uma mudança? No N. Testamento, absolutamente, não. Não existe prova escriturística da mudança do sábado do sétimo dia para o primeiro dia da semana. É claro que sei… ter o domingo encontrado… como dia religioso, na primitiva história cristã… através dos pais da Igreja. Que pena, porém, que ele venha… do paganismo e batizado com o nome do Deus Sol, em seguida adotado e sancionado pela apostasia papal, e legado ao protestantismo como doação sagrada” (Discurso, 13/11/1893).

Tratado (presbiteriano) de Teologia de Dwitght, v 4, 401: “O sábado cristão (domingo) não se encontra na Escritura e não era pela igreja primitiva chamado, o sábado”.

Theological Compend, 180-181, Rev. Amós Binney metodista: “É certo não haver mandamento positivo para o batismo infantil, tão pouco há para santificar o primeiro dia da semana”

Rev. E. Brerwood e Morer (episcopais): “os cristãos da igreja primitiva veneravam o sábado, passavam esse dia em devoção, e não se dúvida de que os apóstolos também seguiam essa prática (Diálogos S. Dia do Senhor, 189). “O sábado foi religiosamente observado na Igreja do Oriente durante mais de trezentos anos depois da paixão do Salvador” (Learned Treatise of the Sabath, 77).

Poderíamos citar muitas outras fontes católicas e protestantes, mas o espaço não nos permite.

O sábado, foi instituído por Deus na criação do mundo. Deus reuniu anjos e habitantes de outros mundos que em corais responsórios louvaram ao Criador pela perfeição, beleza, flagrância e harmonia (Jó 38:7). Tudo era santificado pela presença divina, a Igreja, o sábado, o Seu povo. Quando Deus Se apresentou a Moisés, no pasto, Disse-lhe: “tira as sandálias porque o lugar que estás é santo” (Ex. 3:5). Ao dar a lei, no monte Sinai, Deus ordenou que o povo se purificasse por 3 dias a fim de que não morressem, anjos tocavam e cantavam em meio a ribombar de trovões e labaredas; impressionando o povo. O sábado é o sinal de que Ele é o nosso Deus que nos santifica (Ez 20:12, 20). O sábado também é um memorial da redenção do homem.

Quando Jesus voltar a este mundo, com todo o poder e glória, com bilhões de anjos (Mt 24:30-31) cantando, tocando todo o tipo de instrumento em meio a terremoto, raios, chuva de pedra (Ap 16:17-18), os justificados subirão ao encontro de Cristo por 7 dias e no sábado terão santa reunião, uma festa indescritível. Todos transformados num corpo imortal, luminoso, sem defeito físico ou moral (1 Co 15:51-54, 1 Ts 4:16-17), voz perfeita, participarão do maior coral e orquestra a louvar a Deus (Ap 14:2-4). Nova vida, eterna felicidade! Você estará lá? “Se queres entrar na vida eterna, guarda os mandamentos” (Mt 19:17). Creia no seu Salvador, Jesus Cristo o Justo (At 16:31).

ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História
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Jornal O Semanário

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